quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Painel - 4



Agora são as falas do painel 4 que está associado as consequências do Diabetes.


Vale ressaltar que as consequências que serão colocadas aparecem em virtude geralmente do não tratamento da doença, já em pessoas que tratam o distúrbio as consequências descritas são desenvolvidas a longo prazo.



Cardiovascular


Os efeitos cardiovasculares são muitos, mas os principais são a hipertensão, a artereoesclerose e infarto no miocárdio. Devido a grande quantidade de glicose circulante o diabético por não absorver esta molécula acaba produzindo triglicerídeo a partir de glicose, o que aumenta o colesterol. A presença de glicose e colesterol em excesso acaba ficando depositada nas paredes das artérias, isso leva a um processo inflamatório que gera um endurecimento dos vasos (enrrigecimento conhecido como artereoesclerose). Tal quadro pode levar a pessoa a ter um infarto ou dificultar o bombeamento de sangue no coração devido a diminuição da elasticidade dos vasos. Importante lembrar que no Brasil em torno de 90% dos acidentes cardiovasculares estão associados a diabetes.



Sensoriais


Os efeitos sensoriais mais sentidos no diabético estão relacionados a visão. O embaçamento da visão leva em casos evoluídos a cegueira. O humor vítreo (líquido encontrado no olho) vai endurecendo e isso leva a perda maleabilidade da visão, a pressão ocular vai aumentando (o que gera o glaucoma) e além disso os vasos do olho que estão próximos a retina vão sendo alterados. Esses vasos próximos a retina vão se desgastando com o tempo e podem levar a hemorragias e ao descolamento de retina, situação que pode levar a pessoa a ficar cega caso não seja corrigida a tempo. A ida ao oftomologista regularmente de 6 em 6 meses para diabéticos é importante para impedir que esse problema evolua e acarrete a perda da visão. Com a foto correção a retina é cauterizada e os vasos próximos a ela são arrumados.




Sensitivos


Esses efeitos estão associados a sensibilidade dos nervos que no caso do diabético é perdida aos poucos. Não se tem uma explicação concreta, mas acredita-se que a perda da sensibilidade está associada a presença baixa de óxido de nitrogênio (que causa vasoconstrição). As neuropatias podem ser periféricas ou pontuais. Podem atingir nervos como o craniano que atua na movimentação do globo ocular ou pode alterar a sensibilidade de nervos que atuam em diversas áreas. Esse problema acarreta alguns casos como problemas gastrointestinais (diarréia constante), urinários ( a pessoa perde o controle da micção - urina muito e aparenta ter bexiga solta). Mas o problema que mais acomete os diabéticos é a questão da baixa sensibilidade nos membros inferiores, a síndrome do pé diabético: a pessoa não sente feridas nos pés, por isso não trata como deveria, o quadro evolui para uma inflamação severa e acaba causando infecções causadoras de amputação. Outra evidência da falta de sensibilidade nos membros é o formigamento nos pés e mãos dos diabéticos.




Cutâneos


Os problemas na pele do diabético estão muito associados a desidratação que a pessoa sofre devido a urina em excesso. A pele fica ressecada e mais propícia a infecções por fungos e bactéris. é muito comum o aparecimento de manchas e feridas na pele que podem evoluir para casos mais graves e gerar sérios problemas dermatológicos. Existe uma doença autoimune (doença na qual o próprio corpo se ataca) conhecida como vitiligo que hoje é relacionada a diabetes mellitus tipo I, ainda estão sendo feitos estudos mas perceberam que há uma alta incidência dessa doença em diabéticos do tipo I. Acredita-se que a diabetes mellitus tipo I aumenta a quantidade de um anticorpo que é o causador do vitiligo quando está em alta, mas ainda não se sabe ao certo.




Circulatórios

Os problemas circulatórios principais são: a má circulação, a má coagulação e má cicatrização. No diabético a alta taxa de glicose dificulta todos esses processos, pois acredita-se que a presença de glicose atua como fator anticoagulante (impede a transformação de fibrinogênio em fibrina na cascata de coagulação). Além disso causa má circulação devido ao enrrigecimento dos vasos e também pela grande concentração de glicose no sangue que a passagem de sangue pelas artérias e veias.



Rins

O rim do diabético é altamente sobrecarregado, o que acaba gerando nefropatias (problemas associados ao rim). O diabético perde o controle de parte do sistema urinário o que o deixa com bexiga solta, além disso como a glicose se encontra muito alta parte dela não é totalmente filtrada e acaba sendo excretada na urina. No entanto isso acarreta a poliúria (urina em grande quantidade), um diabético é capaz de produzir em torno de 5 litros de urina por dia), tal fato sobrecarrega o rim que tenta com gasto de energia mandar a glicose em excesso para o sangue mas não consegue. Além disso é no rim que parte das vias metabólicas que tentam reverter o estresse do metabolismo acontece. Junto com o fígado o rim tenta mudar a situação de falta de energia mesmo com a presença constante de glicose no sangue.



Quadros metabólicos

Os quadros metabólicos que estão no painel são interessantes e mostram alguns efeitos da resistência à insulina nos tecidos e relaciona a hiperglecimeia com alguns quadros que o diabético pode apresentar.


Postado por Sara da Rocha Viana



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